Tabagismo
A Nicotina estimula o cérebro e quando o seu nível no sangue desce, o fumador sente sintomas de ressaca como:
- Ansiedade
- Ânsia
- Agitação
- Dores de cabeça
- Fome
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração
Estes sintomas desaparecem quando se volta a fumar. É por isso que os fumadores têm de fumar com regularidade para se sentirem bem.
Este estudo de 2015 mostrou que há uma grande conectividade entre certas regiões do cérebro nas pessoas que conseguem deixar de fumar em comparação com aquelas que tentaram e não conseguiram. Através do uso da Ressonância Magnética Funcional (fMRI) os investigadores observaram que os 44 fumadores que conseguiram deixar de fumar tinham algo em comum.
Antes de terem deixado de fumar estas pessoas tinham melhor sincronia entre a ínsula (zona do cérebro responsável pelos desejos e ânsias) e o córtex somatossensorial (o centro do sentido do toque e controlo motor).
Joseph McClernon, autor sénior deste estudo, reparou que : “a ínsula, a região grande do córtex cerebral tem sido objecto de muitos estudos que demonstram que esta área do cérebro está activa quando os fumadores sentem vontade de fumar”
Isto abriu a oportunidade aos investigadores de usar o Neurofeedback para aumentar a conectividade entre a ínsula e o córtex somatossensorial nos fumadores para que seja mais parecida com a daqueles que conseguiram deixar de fumar. Quanto melhor for a conectividade entre estas duas regiões do cérebro maior será a possibilidade de se deixar de fumar e o treino com Neurofeedback oferece a possibilidade de aumentar essa conexão.
No livro Clinical Addiction Psychiatry (2010) , Siegfried Othmer e Mark Steinberg explicam como o Neurofeedback pode preparar uma pessoa ter uma vida livre de medicamentos e treinar o cérebro para funcionar sem nicotina. O Neurofeedback altera o circuito cerebral da recompensa para que a associação entre prazer, saciedade e nicotina diminua. Os resultados de um tratamento eficaz com Neurofeedback vão ajudá-lo a sentir-se bem diariamente e a manter a sobriedade.
Paula 27 anos: “Num mês parei de fumar cigarros e cannabis; já não me sabiam tão bem. Com o Neurofeedback eu sentia-me relaxada (era essa a minha razão para fumar). E se fumasse, a sensação de relaxamento diminuía, por isso foi lógico deixar de fumar. Logo a seguir deixei completamente de beber e sem qualquer esforço. Neste momento, após 5 meses, não fumo cigarros ou cannabis e não sinto falta. Era isso que acontecia no passado quando tentava parar”.
Neste estudo o Dr. Ron Kerner descreve que teve um doente de 49 anos que fumava dois maços de cigarros por dia, todos os dias. Com as sessões Alfa-Teta de Neurofeedback ele reduziu para meio maço por dia. A par deste tratamento o doente começou a monitorizar-se, registando a razão pela qual queria fumar um cigarro de cada vez que sentia essa necessidade. Esta abordagem aumenta a consciência e permite ao fumador focar-se no seu comportamento (fumar) e na sua frequência.
Veja em detalhe aqui como funciona o Neurofeedback.
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